sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bife do Restaurante da Associação Agrícola


Foto retirada daqui http://www.aasm-cua.com.pt/defRest.asp


Em termos de infra-estruturas o restaurante é de uma banalidade atrós. Esperava-se um ambiente a condizer com as lides da Agricultura e Lavoura, não um museu, mas onde os homens do campo fossem no mínimo lembrados pelo seu trabalho.

Quanto á ementa nem nos demos ao trabalho de ver pois o que ali nos levou foi o seu “célebre” Bife.

Assim solicitamos conforme os gostos bifes de lombo mal passados ou médios com o acompanhamento (batata frita em palitos) á parte, ou seja, noutro prato para não encharcarem com o molho. Para beber um vinho já nosso conhecido e que nunca nos deixou mal – Duas Quintas – vinho de Ramos Pinto, Douro.

Como entrada veio o nosso conhecido pão caseiro – que de caseiro cada vez tem menos – queijo fresco, queijo da ilha (se era de S. Jorge era muito “fiscal”) e manteiga.

Estávamos a meio de saborear os queijos e em amena cavaqueira quando nos apareceu - qual vendaval - o empregado para nos tirar os pratos das entradas porque vinham aí os bifes. Soltou-se-nos os “bofes”. Então não se pergunta se já acabamos e se já podem servir os bifes? NÂO. É quando eles querem e se assim não quiseres é como se o fosse pois os bifes vêm na mesma para a mesa.

Bom, lá se foi o nosso queijo e atacamos o bife. O bife, bem os bifes, vieram todos trocados os médios pareciam que estavam á uma semana na frigideira pois estavam super bem passados e os mal passados disso só tinham o nome, mas valha-nos que a carne era mesmo lombo e estava bem maturada acompanhada da nossa (micaelense) pimenta da terra e alho até dizer chega (como eu gosto) com molho quanto baste e muito bem temperado.

O pior, para alem do empregado, foi a batata. Ai a batata. Então não é que a batata não era batata! Era sim algo de inovador, que produzia óleo – pensei em ir na corrida registar a patente – e que quantidade de óleo, incrível. Lá chamamos o “nosso amigo” empregado que nos explicou que não era nada de mais – infelizmente não era inovador como julguei – era sim um problema com aquela variedade de batata que absorvia muito óleo, mas que nos ia fritar outra. Bom julgamos que viria outra variedade de batata, mas eis senão quando, deparamo-nos com o mesmo “ produto inovador”. As nossas caras deviam estar a dizer tudo pois o “nosso amigo” disse logo: Espero que estejam um pouco mais do vosso agrado, levaram menos fritura. Não vale a pena falar mais de batata não é?

Com tudo isso já nem nos apeteceu sobremesa foi só o café e toca a fugir dali pois não fosse o diabo tecê-las e ainda virávamos fritura.

Eia, já me esquecia 20 euros por um bife ou melhor dizendo cerca de 30 euros média por refeição já vos diz quando lá irem.

Por mim só quando acabar de desgastar aquelas “ benditas” batatas.

Assim temos:

Entradas **
Vinho****
Bife c/ Batata **
Bife s/ Batata ****
Serviço*
Preço –???????

2 comentários:

  1. Independentemente de tudo o que merecia comentário essa triste experiência, aproveito para uma nota, sobre a escolha da carne. Há bifes, por exemplo à marrare, em que o suco da carne adianta menos ao resultado final do molho. Neste caso, escolho lombo. Num bife à micaelense, o lombo é traiçoeiro para quem, como eu, gosta de "quarto de passado" (medium rare), ainda muito vermelho por dentro mas já seco. O tempo de fritura para isto não dá para um bom fundo a enriquecer o molho.
    Uso sempre vazia, "à inglesa". Lume muito alto, 45 segundos de cada lado. Bife guardado, manteiga queimada removida com cuidado para não levar o suco da carne, nova manteiga, levantar o suco e acabar o molho como se sabe.

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  2. o vosso prato e um excelente prato o bife e muito saboroso parabéns ao cozinheiro e a toda a gente que la trabalha

    PARABÉNS!!!!!!!

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