segunda-feira, 16 de março de 2009

RECAUCHUTAGEM


Trabalho, trabalho e mais trabalho. Felizmente que ao contrário de muitos tenho trabalho. Mas porque quero continuar a trabalhar e ser um técnico no mínimo reconhecido pelo que faço vou deixar-vos durante o próximo mês. Parto para “recauchutagem”. Voltaremos a vermo-nos lá para o fim de Abril.

Até lá continuem bem.

domingo, 15 de março de 2009

O MIAR DO GATO


Neste dia de "morrinha" como diz o povo, bem me apetecia estar no " Miar do gato", bem acompanhado e a degustar um bom vinho com uns queijinhos.
No entanto, ao contrário de outros, hoje tem sido um dia de trabalho dos infernos. Melhores dias virão.

sábado, 14 de março de 2009

O NOVO “O GATO MIA” OU O “MIAR DO GATO”



O novo “O Gato Mia”, ou o “Miar do Gato” que segundo julgo saber (será verdade?) irá abrir brevemente, trata de um “ After Hours” ou de um Bar com pretensões a ser mais do que isso talvez um “ Bistrot/Pub” a funcionar entre as 19H00 e as 02H00 onde a Cerveja e os Petiscos serão á partida Reis.

Do meu ponto de vista hoje em dia precisamos é de inovação. Esta passa por uma boa garrafeira (como fomos habituados no restaurante na Ribeirinha) com serviço de vinho a copo diário de média/alta qualidade – mas a preços que atraiam o cliente, e não com o fim comum de se obter lucro de 100% a 150 % – que se o troque diariamente (para por exemplo não dar a sensação que o vinho já tem dias) percorrendo as melhores regiões vinícolas do País e que de acordo com a sugestão do vinho se prepare então os petiscos que deverão acompanhar a “hora de Baco”.

Sugiro por exemplo umas boas tábuas de queijos com pão caseiro regional e ou tostas, uns bons enchidos regionais mas igualmente de regiões demarcadas do continente, uns bons presuntos, umas assaduras à moda antiga da Ribeira Grande, uns torresmos (dos vários tipos incluindo o pé de torresmos e se me permitem que seja da Salsicharia Viveiros das Capelas), etc. Para os Brancos ou Verdes (pois o verão aproxima-se) umas amêijoas, mexilhões, Gambas, salada de polvo, calamares grelhados, etc.

Estas são algumas ideias que me vieram á cabeça sem pensar muito nelas. Algumas serão viáveis outras acredito que meras asneiras. Que sirvam pelo menos a por muita massa cinzenta a trabalhar.

E a concretizar-se o projecto desejo para ele toda a sorte do Mundo.

quinta-feira, 12 de março de 2009


Produzido pelo enólogo José Neiva Correia para a DFJ Vinhos de Vila Chã de Ourique provamos o GRAND’ARTE – ALICANTE BOUCHET.

Vinho de 2005 com um teor de álcool de 13,5% vol.

Conforme o nome indica é um vinho produzido exclusivamente da casta Alicante Bouchet e que segundo José Neiva Gouveia “ é um vinho encorpado e de cor intensa, apresenta-se complexo com deliciosos sabores de frutos silvestres, ameixas e figos. Um pequeno estágio em madeira aufere-lhe subtis notas de especiarias tais como canela e pimenta preta”.

Quanto a nós a primeira impressão é que é um vinho vindo das TREVAS e isto pela sua cor negra, demasiado negra impenetrável é deveras impressionante a sua cor, é um vinho jovem que julgo que nos irá surpreender com o tempo, não muito, mas se calhar dentro de 2 a 3 anos ou talvez mais nos diga afinal quem realmente ele é. Para já o seu aroma inicialmente fechado – mas por muito pouco tempo – desabrocha numa mistura de frutos – até parecia que estava a entrar nas frutarias Almeida – em que sobressai efectivamente a ameixa, a nossa amora silvestre e talvez lá no fundo tâmaras confundidas com madeira.
Na Boca, surpreende pela sua densidade temos a sensação de boca cheia, mas guloso onde o gosto da ameixa e das amoras anteriormente encontradas no cheiro vêm ao nosso encontro mas para nosso gladio ainda acompanhadas de partículas de chocolate com final de charme.

É sem duvida uma boa escolha, é um vinho da chamada “nova vaga”, vinho para se degustar por si só mas que irá também muito bem com alguns pratos especiais. Vejo-me perante – por exemplo o atum do Chef. Rieff nos seus dias sim.

Quanto ao preço, lamentavelmente para nós encontra-se á volta dos 9 Euros.

PS: Ainda não dou classificações. É de propósito pois ainda não falamos delas. Tá?

TERTÚLIAS DA 4ª fEIRA.



Não sei qual é a razão mas a verdade é que a 4ªfeira é dia de tertúlias. Conheço umas quantas que se reúnem invariavelmente neste dia sobre determinadas temáticas gastronómicas como a “ Mão de Vaca”, o “Cozido á Portuguesa”, o “ Bacalhau com todos”, o “ Leitão Assado”, os “ Chicharros Recheados”, o
“ Assado Misto”, etc. Mas ao contrário do que se passava á meia dúzia de anos atrás não são tertúlias com convivas fixos. Os convivas começaram-se a misturar. Hoje quase que se pode dizer que temos uma grande tertúlia que na 3ºFeira á tarde ou na 4ºfeira pela manhãzinha já está numa roda viva de telefonemas para saber quem vai a onde, ou quem vai com quem. O interessante é que os convivas não têm restaurantes fixos, pois no meio da tertúlia á sempre quem apareça a dizer que o prato A ou B está melhor na tasca ou restaurante X ou Y pelo que a dinâmica de procura cresce a cada semana que passa bem como o numero de convivas sobretudo do sexo feminino o que torna tudo ainda muito mais atraente.

Boas Tertúlias

terça-feira, 10 de março de 2009

O CARLOS - Restaurante

O restaurante O CARLOS na Lagoa é o típico restaurante familiar de cozinha “ simples” sem grandes preconceitos mas considerada apetitosa para o dia a dia.

A sala – ou antes as salas – foram concebidas na época dos restaurantes chamados de Casamentos – largas, espaçosas e com os “velhos azulejos florais” – com mesas e cadeiras simples onde o Design pura e simplesmente não existe mas a funcionalidade impera.

Couvert ***

- Queijo de S.Jorge – do “chamado”verdadeiro velho e picante quanto baste
- Queijo branco com pimenta da terra
- Pé de torresmo – De qualidade acima da média
- Pão caseiro e broa de milho

Pratos

Abrótea Frita* – Extremamente fresca de tamanho acima da média mas infelizmente muito mal frita. – O sangue brotava como se de um “suco”se tratasse - o interior estava completamente cru.

Polvo Assado** – Já não é o velho polvo da “ patroa” mas ainda agradável, muito tenro mas com uma falta de temperos que nos deixa como que a olhar uns para os outros procurando, procurando…

Vinho – Carta de vinhos muito generosa ****

José de Sousa*** – Vinho muito agradável (não vamos entrar aqui numa de provas) a condizer com as escolhas e por um preço surpreendente.

Em suma, local a passar uma vez por outra, tente ando á procura do verdadeiro chamariz será o Bife?

domingo, 8 de março de 2009

Cozinha de fusão à açoriana


A cozinha açoriana é porta aberta para a cozinha de fusão, tão rica é e tão expressiva em ingredientes típicos. Devo confessar que não conheço bem o que por lá se vai fazendo de cozinha açoriana de qualidade. Quero dizer com isto: cozinha de alta qualidade técnica, mas marcadamente açoriana por uma regra básica - nenhum ingrediente que não faça parte da agricultura e dos hábitos culinários tradicionais dos Açores. Proibição absoluta, por exemplo, de todos os cogumelos, de “foie gras”, de caviar, de espargos verdes, de endívias, de alheira e farinheira, de couve chinesa, de queijo de ovelha. Mais, claro que não se define só pela negativa, também pelo recurso criterioso a velhos sabores açorianos, com relevo para a tradição dos condimentos - malagueta, açaflor, Jamaica, erva-doce, canela, pimenta preta, etc.

Nos últimos dois anos, tenho-me entretido a inventar e testar receitas inventadas nessa perspectiva: sabores tradicionais, técnicas de velhas cozinheiras adaptadas ao uso moderno, correcção de excessos de sabores. Dou por mim a já ter compilado, neste exercício sem tradução prática, mais de 200 receitas inéditas (algum hotel, restaurante ou empresa de eventos interessado?).

Hoje vou voltear o meu almoço, muito simples, mas um bom exemplo dessa novíssima cozinha açoriana. A garoupa pequena, melhor a açoriana, é vendida no continente principalmente às postas para fritar. Com ajuda da compreensão da minha vendedora de peixe, que já me pede conselhos, arranjei diferentemente uma garoupa de cerca de 750 g. Cabeça, rabo, barbatanas e espinha foram para “fumet”. O resto deu dois bons lombos. Tinha uma convidada a quem queria mostrar o que se pode fazer só com ingredientes tipicamente açorianos. Há tempos, tinha-lhe dado a provar uma bem nossa sopa de funcho, por, milagrosamente, o ter encontrado numa grande superfície. Tinha ficado com o bolbo, que agora usei para lombos de garoupa estufados com molho de funcho.
Para 2 pessoas. 2 lombos (250 g cada) de garoupa dos Açores, 1 dl de azeite, 3 dentes de alho, 1 bolbo de funcho, ½ limão galego (no continente, lima com um toque de sumo de laranja), 1 raminho de salsa, 2 dl de vinho branco, sal, pimenta branca, 3 grãos de pimenta da Jamaica, cebolinho, cerefólio. 4 batatas médias, 100 g de feijão verde, 1 c. sopa de azeite de linguiça. 1 c. sopa de manteiga, 1 c. sopa de farinha, 2 dl de nata (magra, “au bonheur du colésterol”).
Aquecer o azeite numa frigideira larga e alourar os lombos a lume médio, 2 minutos com a pele para baixo. Virar, alourar mais 1 minuto e retirar. No mesmo azeite, refogar ligeiramente o alho e o funcho picados, juntar o limão galego em pedaços pequenos, regar com o vinho, temperar. Voltar a juntar os lombos de peixe, passar para lume muito baixo, mas a deixar fervilhar, tapar e estufar durante 30 minutos, vigiando para ter sempre líquido.

Cozer as batatas, torneadas, com sal e pimenta. Arranjar o feijão verde e cortar em pedaços de cerca de 3 cm. Cozer ao dente em água a cobrir, com o azeite de linguiça/chouriço.

Guardar os lombos. Moer bem e passar o molho do estufado, depois de retirar a salsa e o limão galego. Derreter a manteiga e polvilhar de uma só vez com a farinha, a lume médio, para fazer rapidamente um roux louro. Arrefecer, molhar com um pouco de água para molho muito espesso e voltar ao lume, baixo, acrescentando 3 c. sopa do moído de funcho, 2 dl de nata. Corrigir o tempero e a espessura e juntar salsa picada.

Aquecer no micro-ondas, em cada prato, um lombo de garoupa, depois de retirada a pele, alguns pedaços de batata, um pouco de feijão verde. Decorar com uns raminhos de funcho e uma azeitona preta. Regar o peixe com o molho quente.

P. S. - Vejo que não expliquei o que é o azeite de linguiça. Azeites temperados tenho muitos, ou incubados longamente a frio ou preparados a quente como este. Muito simples. Linguiça aos cubos pequenos frita em bastante azeite e depois tudo bem moído. Deixar decantar e aproveitar só o azeite sobrenadante, coado.

PROVAR UM VINHO - NARIZ

Conforme prometido aqui continuamos com a prova de vinhos seguindo o trabalho de João Pedro de Carvalho do BLOG de 3


Neste segundo ponto vamos passar para a prova dos aromas...
Muito bem já conseguiu encontrar a cor do vinho, se é velho ou novo, ou mesmo outras características, espero que sim.
Neste momento vamos cheirar o vinho, (o termo usado é prova de nariz), é pegar no copo e enfiar o nariz lá para dentro e cheirar... tentar encontrar aromas no vinho. Sem movimentar o copo os aromas que temos de início são os primários, agora agitando o copo apanhamos os aromas secundários. Deixando o vinho repousar então no aroma conseguimos detectar os aromas terciários, ou chamado Bouquet. Nota que apenas os vinhos que tiveram estágio têm o chamado Bouquet. Vejamos o que nos pode lembrar, morangos, café, madeira, chocolate, flores entre tantos outros,mas também temos aromas menos bons que são os chamados defeitos do vinho como detergente, vinagre, enxofre, rolha, mofo... sim porque temos aromas bons e maus. Pois bem isto dos aromas é bastante engraçado pois o nosso cérebro vai registando novos aromas que encontremos, e da próxima vez que provar um vinho vai tentar encontrar esses mesmos aromas.
Então podemos dividir os aromas nas chamadas famílias aromáticas:
- Frutados: Limão, Framboesa, Morango, Groselha, Bagas, Passas, Ananás, Cereja...
- Animais: Identificam-se com a caça, pêlo de animal...
- Balsâmicos: Mentol, incenso, resinas...
- Empireumáticos: fumo, tabaco, couro, café.
- Especiarias: Pimentas, Noz moscada, Cravinho, Canela...
- Etéreos: Acetona, laca, manteiga, lácteos...
- Florais: rosa, violetas, tília...
- Vegetais: Erva, Chá, Feno...
- Químicos: Farmácia, ácidos, sulfuroso...
- Da madeira: Caixa de charutos, madeira, lápis...
Os aromas dividem-se em três tipos:
Aromas primários: são os aromas vindos da casta que lhe deu origem, muitas vezes depende do tipo de solo e clima, «terroir», geralmente não persistem no vinho devido à fermentação. Temos aromas vegetais: erva, pimento... Florais: violetas, rosas... frutados: morango, amora, maçã,ameixa... Minerais: Grafite, nafta...
Aromas secundários: são aromas que aparecem com a fermentação, procedentes da transformação dos açucares da uva em álcool, portanto estes aromas dependem muito da concentração de açúcar, constituem os aromas predominantes nos bons vinhos alguns exemplos como torradas, pastelaria, leite...
Aromas terciários: que são aromas que se desenvolvem com o estágio em madeira ou garrafa, desenvolvendo estes o chamado Bouquet. Para que um vinho tenha um bom Bouquet tem de ter um bom equilíbrio entre aromas primários e secundários, e quantos mais aromas primários mais Bouquet vamos ter. Um factor bastante importante é a madeira, o seu tipo, idade, tipo de queima, e tempo de estágio do vinho. Dentro dos vários tipos temos Frutados: frutos em compota, passas... Especiarias: canela, pimenta, baunilha... e outros como madeira, mel, café, tabaco...
Pois bem nada melhor para começar do que seguir a tabela aqui colocada, basta clicar sobre ela e tentar encontrar os ditos aromas no vinho.




Com o passar do tempo, o vinho vai abrindo, caso seja um vinho muito fechado de aromas e portanto os aromas vão alterando conforme o contacto com o ar. Por isso se decanta (verter o vinho para um decanter) por vezes os vinhos que estão muito tempo na Garrafeira.
Boas provas.



DIA INTERNACIONAL DA MULHER


sábado, 7 de março de 2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

É TEMPO









Qual o futuro do PS-Açores? A nível Nacional tudo está decidido lá teremos mais meia dúzia de anos de Sócrates rodeado de um partido sonâmbulo e de 2 ou 3 reguilas ou melhor de galitos desejosos de um dia virem a liderar a Capoeira.

Mas e cá? Costuma-se a dizer que o silêncio é de ouro, mas este silêncio já não é de ouro, é sim um ruído que cada vez se torna mais ensurdecedor. As bases e os notáveis de 1996 – os que levaram o PS ao poder – praticamente desapareceram a única coisa que resta é um governo – dito do PS – que escolhe os ingredientes os cozinha e distribui a quem é digno de ser seu convidado, quanto aos outros resta-lhes ainda felizmente a sua dignidade, honra e esperança que – como Dom Sebastião – o PS regresse das cinzas.

É tempo de se preparar o futuro como os outros Partidos políticos e Movimentos o têm feito, precisamos de um PS forte como estamos a assistir a um fortalecimento do PSD, do CDS do BE e isto para bem da democracia e do futuro desta Região. É tempo do PS começar a discutir ideias de preparar verdadeiros programas de desenvolvimento a longo prazo, e não menos importante de definir um lider. É tempo de retomar o trabalho desenvolvido por aqueles que deram o poder ao PS. É tempo de serem os Açorianos no seu todo as escolherem os ingredientes, o modo de os cozinharem e de os distribuírem de modo a que o futuro nos volte a sorrir.









quinta-feira, 5 de março de 2009

FAJÃ DO CALHAU

Electric Shocked 1 Shy Whistler Thumbs Down


Estou chocado, envergonhado e desiludido com o que se passa na Fajã do Calhau. Sempre esperei que o bom senso imperasse, mas hoje depois de ouvir gente com responsabilidade e eleita por todos nós para lutar POR ESTES AÇORES só me apetece gritar A PLENOS PULMÕES

SEUS VERMES SEM VERGONHA


PROVAR UM VINHO - A VISÃO


Já tinha prometido que iria explicar como se prova um vinho. A Prova baseia-se normalmente na Visão, no Nariz, na Boca e a partir daí na sua classificação qualitativa.


No entanto o texto que aqui vão ler não é da minha autoria mas sim de um amigo, o João Pedro de Carvalho do conhecido Blog COPO de 3 (http://www.copod3.blogspot.com/) e isto porque ele é sem duvida um dos nossos grandes especialistas na matéria, que tem o condão de transformar algo que á partida é complexo em algo simples e atraente e porque me deu permissão ( o que me orgulha) para aqui o transcrever.


Para já o meu muito obrigado ao João Pedro de Carvalho. Quanto a vós espero que através deste e dos próximos textos do João Pedro possa contribuir para o vosso conhecimento deste mundo fabuloso que é o do VINHO




COMO PROVAR UM VINHO

A

VISÃO

Muita gente pensa, ai isso de provar um vinho é uma mariquice, eu gosto é de o beber... se faz parte desse grupo por favor não leia este texto pois pode ficar seriamente baralhado.
Para se iniciar neste mundo da prova, é muito fácil, basta comprar uma garrafa de vinho e ter em casa um conjunto de copos, não esses em que está a pensar não servem é melhor daqueles de pé alto e grandes... se quiser pode ir ao Continente e na parte dos copos encontra facilmente, normalmente os melhores e que dão para mais tipo de vinho são os de tulipa fechada, imagine uma tulipa, transforme a flor num copo e pronto são esses mesmo, e por 4 euros até compra dois.
Abre o vinho, serve para o copo, e agora ? O primeiro passo da prova é muito importante, observar o vinho, ver a sua cor, o seu brilho, a sua viscosidade... Apenas com o olhar podemos tirar muitas conclusões, até mesmo ver se o vinho é velho/novo para isso basta observar aquilo a que se chama bordo/unha/anel do copo e verificar a presença ou não da cor tijolo (apenas para os vinhos tintos) a qual indica a evolução de um vinho, se é de clima quente ou frio, pouco ou muito concentrado isso também se pode descobrir apenas com um olhar atento.









Para tal basta pegar no copo já servido e nunca cheio, até menos de metade fica muito bem... pronto, agora agite o copo e observe em contra luz a intensidade do vinho e a sua cor, para ter uma ideia mais concreta pode seguir esta tabela, com a prática vai ver que é bastante fácil...



Resolvi também colocar dois exemplos das principais tonalidades que se costumam referenciar nos vinhos tintos, a tonalidade ruby e a tonalidade granada, que por vezes podem causar algumas confusões:









No primeiro caso a tonalidade é ruby e no segundo caso a tonalidade é granada, podendo obviamente a variação ser mais clara ou mais escura, tendo em conta também a concentração do vinho.
Bem boa sorte e encontramos no ponto dois...

João Pedro de Carvalho



Como vêm mais simples é impossível. Estou a ver já vários amigos e amigas a irem buscar umas garrafinhas não é? Boas provas











quarta-feira, 4 de março de 2009

COZIDO

Há tempos, li num livro de um meu patrício, "O gosto de bem comer", uma sugestão muito interessante de um cozido das Furnas feito em casa. Concordo inteiramente com ele no sentido de que S. Miguel tem estado a dar um tiro no pé em relação ao cozido, insistindo-se, guias turísticos e restaurantes, no gosto "subtil" do enxofre das caldeiras. Já comeram ovos podres? Isso é que é mesmo enxofre. E como há gente de bom gosto, tenho amigos que foram a S. Miguel e que se recusaram a comer tal "porcaria", lembrando-se do sabor a inferno.
Acho que João Vasconcelos Costa, o autor do livro, de quem me lembro bem como Costinha no meu tempo de liceu, tem razão, tal como confirmei numa experiência no último fim de semana. No entanto, parece-me que, principalmente em relação a amigos continentais, se justificam mais algumas notas.
Por toda a parte neste país, o cozido varia quase de família para família, traduzindo gostos estabelecidos. É a riqueza de coisa tão simples, prestar-se a todos os gostos. Em relação à tradição açoriana, há variantes respeitáveis, cada um fará como gosta: inhame, a marcar bem o tipicismo açoriano? galinha? couve (para além da couve de forrar a panela? chispe? Já indiscutivelmente necessários, no mínimo, são as carnes de vaca e porco, o toucinho, a linguiça, a morcela, o repolho, a batata, a batata doce, a cenoura. Anoto duas coisas importantes. Linguiça da nossa não se encontra neste lado do mar, mas apareceu agora um chouriço alentejano picante que substitui muito decentemente a linguiça. Cuidado com a morcela, aqui no continente. A mais vulgar é a de assar, que não vai bem, preferi a morcela expressamente indicada para cozer.
Outra coisa que me parece muito importante não incluir nesta receita são enchidos que se desfazem naquelas condições de cozedura: farinheira (que nem é tradicional nos Açores), chouriço mouro, bem como feijão, usado em alguns cozidos do continente. Neste meu almoço, houve amigos que pediram. Cozi à parte, de forma tradicional.
JVC omite no livro um pormenor técnico que se revelou fundamental para o sucesso deste cozido que fiz. Água a encher o tabuleiro do forno posto no fundo, a encher de vapor o forno, muito bem, é a base do "segredo". Mas a minha experiência foi de que isto exige duas coisas. O forno deve ser preaquecido a 150º antes de meter o tabuleiro com a água já a ferver e a panela, baixando-se para 110º quando já se está a fazer bastante vapor. Mais importante, só se deve ligar o aquecedor de baixo.
E garanto que foi um sucesso, com alguns açorianos a dizerem "afinal, o segredo do nosso cozido das Furnas é isto?". É: cozido a vapor, lento, a temperatura baixa, afinal uma das modas da nova-nova cozinha tecno-molecular.

DonMixx

segunda-feira, 2 de março de 2009

ALFARAZ Reserva 2004




Castas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Trincadeira

Estágio: 12 meses em carvalho francês

Álcool : 14% Vol.
Cor escura fazendo lembrar ruby bastante concentrado e com uma boa lágrima.Cheiro inicialmente de difícil definição mas onde aos poucos nos vamos apercebendo de uma mistura talvez de chocolate preto, verduras e lá no fundo algo que me pareceu baunilha.Na Boca frescura, leveza onde se nota a madeira e um final macio e guloso.

Esta mistura de castas parece-nos uma excelente aposta, apesar de um teor alcoólico algo elevado, nem de dá pelo mesmo. Um muito bom vinho para acompanhar alguns pratos de certa delicadeza, ou por si só numa amena cavaqueira.

É pena preço +/- 13 euros

domingo, 1 de março de 2009

EU EXIJO

Eu Exijo que a minha Vila que fica nos confins do Mundo tenha o mesmo que qualquer outra Vila ou Cidade desta 9 Ilhas que se amam tanto umas ás outras:

1- Um aeroporto pois a estrada que nos leva em caso de urgência pode estar destruída;
2- Um avião á noite pois nunca se sabe o que irá suceder em caso de catástrofe
3- Um Hospital pois em caso de catástrofe e sem os dois primeiros pedidos estou desgraçado
4- Um Porto Comercial, pois se a catástrofe vier fico sem bens essenciais
5- Um porto de Pesca e respectiva lota pois os nossos 15 pescadores assim o merecem e em caso de catástrofe pelo menos teremos peixe
6- Uma marina pois as lanchas dos nossos 6 empresários também têm direitos e sempre ajudam os nossos pescadores a apanhar uns peixinhos – ás vezes apanham mais que eles mas isso é outra história.
7- Umas Portas do Mar pois os turistas também merecem ver a nossa Vila e não só Ponta Delgada ou – como não poderia deixar de ser em breve – Angra do Heroísmo
8- Um Centro Comercial tipo “Parque Atlântico” mas talvez um pouco maior pois por aqui não há mais nada que fazer
9- Um Palácio do Governo como em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo pois também merecemos ver passar o carro do Sr. Presidente e ter um pau de bandeira presidencial
10- Uma Delegação da Assembleia Legislativa Regional, pois assim talvez um dia tenhamos um deputado nosso e não um qualquer indigitado pelo presidente ou presidenta de qualquer partido político ou movimento de qualquer coisa
11- Uma segunda circular com 4 faixas pois os nossos carros são iguais a todos os outros
12- Uma autarquia que seja sempre da cor do governo que é para não sermos sempre do contra
13- Um pólo da Universidade para os nossos alunos não terem de andar de autocarro ou apanhar avião e para “continuarmos a aprender ao longo da vida”
14- Um hotel com campo de golfe e casino pois também somos filhos de boa gente
15- Um parque de combustíveis para os nossos “popós”, Barcos, Navios e Aviões como qualquer Vila ou Cidade que se preze
16- Um emprego para qualquer primo, tio, enteado ou o que quer que seja pois “todos somos uma única família” e ninguém pode ficar sem o seu ganha-pão. Á e o ordenado pelo menos capaz de pagar a Vivenda, os dois carros, o barco, a viagem de férias anual, a alimentação normal incluindo o almoço diário no restaurante a ida aos bailes do Coliseu e um ou dois fatos Hugo Boss e os vestidos Doce e Gabana da Maria.


Por agora fico-me por aqui pois tenho de levar o Sr. do Governo ou será da Autarquia a um compromisso inaugural de comes e bebes ou melhor com comes e bebes.

Voltarei para continuar a exigir pois quero tudo aquilo a que tenho direito.